O Partido Socialista de Vila Nova de Famalicão tece críticas severas à política ambiental da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, dando como exemplos os casos de destruição da floresta do Monte de Santa Catarina, em Calendário, e as perdas verificadas na rede pública de abastecimento de água no concelho.
“Em Vila Nova de Famalicão o discurso de proteção ambiental não condiz com a prática. Nos últimos anos, o nosso concelho tem sido vítima do abate indiscriminado de milhares de árvores, inclusive de espécies protegidas”, afirma Sofia Correia, porta-voz do secretariado do PS de Vila Nova de Famalicão, para quem “o abate indiscriminado de árvores prejudica o equilíbrio ambiental e ecológico da nossa terra e influencia negativamente a qualidade de vida dos famalicenses”.
Estas críticas à política ambiental da “velha maioria PSD-CDS” foram divulgadas na página oficial dos socialistas famalicenses no Facebook, assinalando o início da primavera e o Dia Mundial da Árvore.
A ilustrar a publicação, o PS publicou duas imagens aéreas do monte de Santa Catarina, mostrando o espaço verde antes e depois do abate de sobreiros e outras espécies arbóreas, tendo em vista a construção de uma central de painéis fotovoltaicos.
“É importante agir já, com todos os setores da sociedade, para preservar os nossos recursos naturais e garantir um futuro verde de Vila Nova de Famalicão”, afirmam os socialistas, considerando que “proteger o ambiente é mais do que plantar arbustos”: “É ter uma política ambiental bem planeada e consistente com as necessidades dos cidadãos”.
Para assinalar o Dia Mundial da Água, o PS de Vila Nova de Famalicão considerou importante “que os famalicenses saibam a verdade sobre o desperdício de água” no concelho. Para isso, lembrou dados do Sistema Nacional de Informação de Indicadores de Perdas de Água, os quais revelam que, “em 2020, o sistema de abastecimento de água da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão registou 38% de água perdida e não faturada”.
“Mais uma vez, a autarquia não é exemplo a seguir na gestão dos recursos hídricos. Isso significa que de um total de 7,3 milhões de metros cúbicos de água que entraram no sistema de abastecimento de Vila Nova de Famalicão foram perdidos 2,7 milhões de metros cúbicos de água em fugas existentes na rede. Isso é mais de um terço do total da água que o Município gasta, colocando Famalicão no grupo dos municípios portugueses que mais água perdem”, sustenta Sofia Correia, em nota publicada na rede social Facebook.
E acrescenta: “Enquanto Famalicão está na cauda do país no que se refere ao desperdício de água, temos uma Câmara Municipal que faz autopromoção a tentar passar aos famalicenses a ideia de que está a poupar água e a proteger o ambiente.”
Assim, para os socialistas famalicenses, “não basta assinalar o Dia Mundial da Água”, pois “é preciso tomar medidas para resolver os problemas existentes de fugas de água, propor incentivos e criar campanhas de sensibilização para a população”.
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