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Domingo, 24 Novembro 2024
Luís Paulo Rodrigues
Luís Paulo Rodrigueshttp://www.luispaulorodrigues.com
É consultor de comunicação. Licenciado em Ciências da Comunicação e da Cultura. Foi jornalista da imprensa local (cofundador do "Cidade Hoje", cofundador e primeiro diretor do "Opinião Pública") e nacional ("Público", "O Comércio do Porto", "Gazeta dos Desportos"). É cofundador do "Notícias de Famalicão". Escreveu o livro “Comunicação – Riscos e Oportunidades”.

A luta dos professores

A sociedade deve olhar para os professores e para os seus problemas com olhos de ver.

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Luís Paulo Rodrigues
Luís Paulo Rodrigueshttp://www.luispaulorodrigues.com
É consultor de comunicação. Licenciado em Ciências da Comunicação e da Cultura. Foi jornalista da imprensa local (cofundador do "Cidade Hoje", cofundador e primeiro diretor do "Opinião Pública") e nacional ("Público", "O Comércio do Porto", "Gazeta dos Desportos"). É cofundador do "Notícias de Famalicão". Escreveu o livro “Comunicação – Riscos e Oportunidades”.

Famalicão

A par da saúde, a educação é um dos pilares do desenvolvimento coletivo. E os professores são peças fundamentais no sistema de ensino. Por isso, para uma boa educação é essencial que tenhamos professores motivados. Professores que tenham uma profissão valorizada pela sociedade e, por consequência, valorizada pelas famílias e pelos alunos.

Uma remuneração digna e compatível com a importância que a educação tem no desenvolvimento do país é um dos elementos fulcrais para que tenhamos professores motivados para ensinar e aprender todos os dias.

Professores respeitados e motivados têm mais probabilidades de serem felizes no seu trabalho, produzindo mais e melhor. Um professor produz bem quando ensina bem e consegue envolver os alunos e as famílias no desígnio coletivo de uma sala de aula, que é  formar os cidadãos e os profissionais de amanhã.

Donde, uma boa educação é uma das condições basilares para que o país tenha uma sociedade mais e melhor formada, com maior consciência da sua cidadania, e uma economia mais saudável e mais desenvolvida.

Por tudo isto, e não sendo professor, mas defendendo a escola pública e tendo duas filhas na escola pública, estou ao lado dos professores na sua luta por melhores condições, nomeadamente remuneratórias, para o exercício da sua profissão. Ainda que esta greve seja realizada no mês de janeiro, num momento importante do ano letivo, podendo prejudicar a educação dos nossos filhos.

Num país em que as notícias em destaque continuam manchadas pela corrupção promovida pelos espertalhões do costume, ainda que, em muitos casos, por força da saudável ação das polícias e dos tribunais, espero que esta onda grevista que paralisa a escola pública neste mês de janeiro se transforme no sobressalto cívico necessário para não deixar cair de vez no descrédito a profissão de professor – uma profissão a nobre e absolutamente necessária, que as novas tecnologias jamais substituirão cabalmente e que deve ser devidamente respeitada.

A verdade é que só assim – com uma luta que, infelizmente, acaba por desestabilizar famílias e empresas –, é que os profissionais da educação podem ser ouvidos e fazer com que a sociedade e, em especial, o Ministério da Educação e o Governo, olhem para eles e para os seus problemas com olhos de ver.

 

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